segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Com mais de um ano de atraso!

Deve existir algo eterno em meio à impermanência!


Imito Saramago ou tudo isto vem do toró de palpites da minha mente? Outra câmera perdida. Ou roubada. Ou escondida tão bem por mim mesma? E o misterioso desaparecimento de um controle  do alarme, imediatamente após desligá-lo numa das chegadas com o velho Amândio vindo abrir valeta para o dreno e ninhos para o pomar de outras frutas; os das videiras foram cavados em maio. UM NETO INESPERADO CHEGANDO. Em maiúscula porque superior às coisas mundanas. Se cresci na capacidade de amar, serão compensadas maior distância e menor disponibilidade de finanças para ele. O dreno da Casa Terra que não funcionou devido à inversão da posição do plástico. Entra mais água que antes. Retirar toda a terra do valo. Retirar o plástico. Para sempre. Devolver a terra, agora misturada às britas. Profe Lu ensinou colocar sombrite com 3 dobras, antes delas. Uma vez mais, somente após errar, constatei que não segui orientações do Guilherme Floriani, confirmando que Conselho gratuito nem sempre é valorizado. A recuperação das janelas e portas de ferro, me esperam. A caiação das paredes externas, com argila amarela da floresta, também.  O calcáreo ganho do Governo Federal mostrou-se anti econômico, devido ao frete, e compra de plástico para proteção, pois vem solto. Muito voará ao ar, enquanto descarregar. Corre risco de molhar pois que ficará no ambiente externo em duas áreas para facilitar aplicação.  Na lomba Oeste, terá que ser aplicado manual, área ocupada pelo pomar. Na lomba Leste poderá ser escarificado - vizinho com trator e escarificador se dispõe a "rasgar" o solo - dó em mim isto, algo a ver ainda, se conseguir passarem nos 2,5 m de vão da porteira. Há eucaliptos prontos para o corte ali. A porteira pesada de ferro sendo aberta e fechada manualmente e com cadeado devido suporte de tijolos sob o motor ter afundado na terra. Casa Fogo destelhada desde corte do Pinho Bravo. Jyba amarrado para não galderiar na vizinhança e mexer no lixo do vizinho mais próximo? Alguns buracos nas telas da cerca aguardando conserto.  Canil seria prioridade. O que não é? Três semanas de torrenciais chuvas. Os “matos”, na umidade quente crescem exponencialmente. O roçador Toninho não rende em seu serviço e será dispensado? O poste com o medidor inclinou-se meio metro no aterro do Jardim. A única iluminação externa no pátio apagou-se. A Celesc foi parceira para passar fio sobre a propriedade e levar ao vizinho recém-chegado sem minha assinatura mas, diz não ter nada a ver com  troca da lâmpada na arandela sob o transformador. Maravilhoso o curso de Agroecologia do IFSC e o projeto de extensão "Mulheres, Sim" do qual sou bolsista. São 7 horas diárias em dias úteis e que fazem falta na Fênix. Não dou conta do serviço de casa, nem das áreas externas. O parreiral em andamento: novo empréstimo para fazer a estrutura de concreto e arames galvanizados. Os tomarilhos, no excesso de sombra não resistiram. Todas as frutíferas vingaram. Termo estranho. Pegaram, mais ainda. Um pessegueiro foi roído na copa pelo cão em suas andanças pelo cabo de aço. Tem que ser levado para outra área. Sem cabo. Decidido fazer um canil, no bosque da mata, em frente ao banheiro externo. Que espera a condução das heras e um teto vivo. Entrei no Coral Frei Bernardino. Transito entre as vozes mas a minha é meso-contralto! Preciso escrever uma crônica. “Para onde vão as vozes dos que morrem?” E anotar todos os pensamentos e crenças a respeito de riqueza, prosperidade e dinheiro. Isto porque comecei ontem, de forma 90% correta, o primeiro dos 21 dias da Varedeeksha Mala, e hoje não o fiz ainda. Esforcei-me e, às 22 horas já estava deitada. Para levantar às cinco. Desde às 3, acordada. E às cinco, o sono veio. Tem sido assim: algumas vezes sou faísca atrasada, ou adiantada, ou na hora certa. Alguém de vocês é como eu?  Vi agora, no calendário do PC que o primeiro dia é hoje, 27 de outubro de 2015 e, não ontem. Bem, serviu como treinamento. 21 dias é o prazo estimado para um ser humano adquiri um hábito ou substituir um indesejável, por outro benéfico. Meu desejo é deitar cedo, higienizada e fio dental passado no capricho,e com ambiente organizado. Outro é levantar antes do sol nascer. Além da Fênix reformada e bela para receber pessoas em workshops e tratamentos de cura físico-emocional-espiritual. Outro é conhecer e ter a meu lado o Companheiro de Caminho. Devagar, as coisas estão sendo feitas aqui. Parece que não ficará pedra sobre pedra. Durou 2 meses a experiência do extravasamento da gordura no encanamento da pia da cozinha, a vinda de 2 encanadores (ou enganadores?) todas as tentativas para desentupimento, descobrir a caixa de gordura, que nunca fora limpada por todos estes 10 anos – eu moro aqui há 3 e meio anos -  enterrada no pátio dos fundos, fez com que hoje ela esteja acessível, protegida com concreto, com tampa removível, gratidão ao amigo Sílvio – o que permite manutenção e limpezas periódicas - troca dos sifões, vedação dupla na cuba laceada e pedra de granito protegendo a bancada,  retirada a faixa inox que não cumpria a função de impedir respingos por detrás do móvel, por ser imprópria.  Desmarquei, às 8h30min, a vinda dos palanques para o parreiral. Porque a grama está encharcada e os palanques precisam ser descarregados o mais próximo possível do parreiral. Também não tenho certeza que a camioneta sobe, ou não encosta na pedreira, recolocada nos trilhos do acesso, para roçada nas laterais onde foram colocadas, indevidamente. Na verdade, por medo de cortar os pneus, eu mesma as deslocara. Comprei uma marreta que posso suportar, com 2 quilos e hoje vou picar miúdo as ardósias quebras do acesso. Preciso fazer saídas d’água, morro abaixo, que levam embora o cascalho e abrem valas no caminho de trajeto do carro. Vou gazear a aula, rever e digitar acertos no Manual de Boas Práticas de um supermercado daqui, ir à cidade comprar velas para a roçadeira, fazer pão, rezar no meu Altar, quebrar o que for possível das pedras, plantar as flores que ganhei da Sueli, iniciando um canteiro de jardim na chegada e os figos da Índia, na divisa odo  nada toso marCesário – meu espelho? - continuando a linha iniciada em 2014 antes da viagem à Índia, ao Norte. Apesar de “Tudo estar acontecendo automaticamente” (Sri. AmmaBhagavan) estou com norte e isso é bom. Quer provas disto? Em outros tempos compraria no impulso, uma marreta de 5 quilos, a qual usaria poucas vezes até concluir que era muito pesada para mim, e não conseguiria trocar, porque usada a loja não trocaria, e compraria outra mais leve e ficaria com duas...  Estou fazendo algo, planejando, gente: o parreiral. Então vejo que crescemos durante os processos, independente dos resultados. No acesso, divisa com este vizinho também, ontem plantei mais de trinta estacas podadas no sábado dos arbustos já velhos da chegada e continuarei o plantio da cerca viva. Todo este trabalho de vida, morte, renascimento nos traz a certeza da imortalidade. Algo é perene na aparente impermanência. A Natureza tem me ensinado muito. Em breve serei disciplinada e persistente, como ela. A cada dia, o que precisa ser consertado - como o velho barracão a ser desocupado e desmanchado e que está prestes a cair – se agrava e por si próprio vem abaixo, exigindo tempestiva solução possível, ou aguarda a sua vez. E, ao final das contas, coisas consideradas impossíveis ou difíceis, mostram-se possíveis e menos difíceis. Seguimos com a doação da Benção da Unidade (Deeksha) às terças-feiras, o dilema entre manifestar gratidão e obstáculos de trazer a velha tia/mãe morar sob minha responsabilidade; rezando pelo milagre sonhado, do velho Cesário devolver a servidão roubada, eu destrocar o acesso ao senhor Zanoni e reaver meus 600 m2 planos, ao lado da porteira. Segundo uma das Sandras, a Brun, devo dar Deeksha à estas áreas. O que fazer primeiro? Descobri que o Valmir - Rei das Gambiarras - fez um sumidouro apenas,cuja tampa está se esfarelando, e, para lá,  encaminhou todas as águas cinzas e os dejetos humanos! 
Sinto falta de escrever aqui, mas como diz a filhote Juju, neste meu ritmo, faltará tempo para escovar os dentes... para passar o fio faltou e o segundo tratamento dentário com periodentista doeu muito  na boca e bolso! 
A Fênix é linda pelas visitas de filhos, genros, nora, netos e neta, insetos, aves e cães, floresta, folhagens e flores, ervas aromáticas, temperos, hortinha, pomar em implantação, sol, estrelas, luas, céus coloridos, ar e vento, água pura e viva, dias e noites,silêncio e repouso! Até as tempestades são maravilhosas aqui! Daqui 2 anos ou pouco mais ela terá sabores de amoras, peras, figos, uvas, laranjas, pêssegos, figos da Índia, framboesas e mirtilos, estes últimos vou buscar no km 30, prox a Vacaria-RS. Estarei mais adocicada, também esbelta e bela como os álamos que ladeiam a chegada, pois conduzida estou sendo pelo meu Doce Divino! Julho 2015 postado em 3/ago/2017.








  


domingo, 24 de maio de 2015

Reforma da Casa terra

                                   Casa terra

“Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada.
Ninguém podia entrar nela não, porque na casa não tinha chão...”

Soube que, inicialmente, tinha sido um canil, mais tarde transformada em casa para o caseiro Podalírio. Nunca encontrei os lírios podados, pelo menos por aqui, mas fico reparando como este nome é versátil, podendo ser agregado à várias espécies vegetais: Podagrama, Podamacieira, Podapinheiro ...

Arte que preciso aprender: podar. Em Sanidade Vegetal, disciplina do curso de Agroecologia, podar é método para extinção de partes ou todo de plantas doentes e uma forma de estimular o crescimento de novos galhos e maior desenvolvimento das plantas saudáveis. Usada também como paisagismo - topiaria - como fazemos com nossos cabelos e unhas... Assim também, defeitos ou maus hábitos e relacionamentos de baixa qualidade podem ser extintos, cortando-os, dando limites a eles, mantendo-os sob controle, ou arrancando-os pela raiz quando necessário. Quanta poda drástica já fiz em minha vida, com esforço e dor, mas alívio e crescimento espiritual!

Apenas uma porta de ferro toda envidraçada e virada para a mata, de costas para a porteira e demais construções. Parecia estar de mal com todos. Na verdade, estava abandonada. Eu e filha Sílvia lavamos-a de mangueira na chegada. Os restos de móveis da farmácia do proprietário   anterior foram predispostos par que servissem de um ateliê. Adicionei os materiais de artesanato e costura, até mesmo a máquina manual de pedal. E nunca fiquei à vontade lá dentro para criar. Mesmo na sede da Fênix – Casa Éter – dispus de tempo para tal. Aos poucos, tudo foi   levado para onde eu morava e, na Casa Água, os móveis aguardam que Maria Helena Flores venha buscar para montar o brechó beneficente do Grupo Espírita. Olhava as vidraças enferrujando ainda mais e uma parte do forrinho de pinus estragando-se com goteira. Cheguei a comprar a massa de calafetar e antes disto, fiz um preparado com gasolina e isopor que aprendi.Com a queda em janeiro desencorajei-me de correr riscos novamente subindo ao telhado. À época da instalação hidráulica externa, houve muita erosão da terra pela chuva, entrando muita lama sob a porta já que abríramos uma valeta a partir da Casa Fogo – deixando em espera uma mangueira para, futuramente, colocar uma fiação elétrica subterrânea, substituindo a área atual. Por meses esperei alguém para fechar valos, e isto foi feito pelo filho Guilherme, numa vinda de Brasília. Também recobriu os da lomba Oeste e parte do pátio dos fundos.

Pensara numa oficina de Permacultura, ampliá-la com 2 peças circulares em hiper-adobe, no terreno plano antes dos limoeiros. Serviria para o Jardim Waldorf?

A amiga Helen, antes da compra, pedira para vir nela morar. Pensara acolher Gian e Tamara que precisavam de um espaço para constituírem seu lar mas, realmente não oferecia condições. Mesmo a pintura, verde claro, não combina com a propriedade.

Ficando próxima ao portão de entrada para a Mata, era impossível ignorá-la. Recebera gramado e plantio de capim-cidreira na área que foi feito um chanfrado no barranco. Eu carregara pedras verdes para refazer a escada de solo puro. Por vezes acolheu ferramentas de jardinagem e carrinho-de-mão. Poderia ser uma oficina e depósito de materiais. No entanto, a horta fica bem longe dela, o que indianizou esta intenção.

Bem arrumadinha poderia servir como hospedagem nos workshops de autotransformação almejado?

Neste inverno com início de implantação do parreiral e conserto da lareira, não é uma prioridade reformá-la. O velho barracão está na eminência de cair e poderia ser refeito nos fundos, com canil, casa de lenha e uma vaga de garagem. A Casa Fogo (cozinha externa) está tendo seu projeto de reforma executado pela Secretaria de Agricultura, para manipulação de ervas medicinais e alimentos; o mirante aguarda os andaimes de madeira e cobertura; o bwc externo, teto vivo e cobertura verde nas paredes; a piscina aguarda reforma e o teto foi estragado pelas pedras de outubro/2014.  As instalações elétricas internas e externas de toda a Chácara Fênix precisam ser refeitas e ampliadas e fora, colocadas sob a terra, o relógio mudado para próximo à porteira, esta poderia ficar lá embaixo no início do acesso, o poste do relógio cedeu, inclinando-se, estando vulnerável. A Casa Mata precisa de conserto, pintura e amassamento nos vidros da porta, instalação do banheiro, reboco e caiação internos, teto vivo, instalação elétrica; o pátio e entorno da propriedade precisam de britas e calçadas de acesso entre as edificações. A captação de água dos telhados também aguarda. A varanda sobre o porão será uma forma de ter proteção para o apartamento que virará oficina e um jardim de inverno para a Casa Éter. As cercas limites na orla do rio precisam ser refeitas e neste inverso, muitas mudas aguardam plantio, o que demanda gastos com mão-de-obra para cavar ninhos. E há que calcarear a lomba Oeste, comprar as videiras e fazer a estrutura de cimento e arame em forma de “latada”, seguir com o plantio dos quebra-ventos e frutíferas.

Esta casinha é privilegiada pelo aquecimento do sol. 

Em dezembro passado busquei a prima Letinha e esposo Rui, residentes em Porto Alegre para virem jantar comigo e a conhecerem o Guilherme, esposa e filha. Este casal é admiravelmente culto e de uma espontaneidade fora de série. Doutores e sem nenhum traço de arrogância.
Eles sugeriram buscar recursos financeiros com pessoas ligadas à Permacultura, trocando por hospedagem. Intenciona colocar-me em contato com elas.Com o desencarne de seu pai viúvo Aquilino Arruda (tio Quila) em abril, a casa onde esta prima criou-se com seus irmãos, será vendida e em breve se aposentarão,pretendendo morar num sítio aqui em Lages. Então adiantou-me algum dinheiro como aluguel para deixar a mobília antiga e valiosos pertences que herdou aqui, além de ter um cantinho para ficar em suas próximas vindas e se estabeleça no local escolhido. Aquela importância deu para comprar areia grossa e fina, brita, cimento e cal necessários à reforma, exceto o frete.

Tanta sincronicidade é possível. Eu buscava um pedreiro bom até humanamente falando, além de competente, honesto, econômico, para transformar o banheiro dos fundos em área de serviço aqui em casa. Helen indicou-me o Cenir que realizava a reforma da casa dela. Ele veio e passei o orçamento à prima. Fiquei constrangida dela estar pagando a mão-de-obra mas eu não poderia custear agora. Desde o início senti confiança e gratidão em sua proposta e ações.
O que é gratidão, senão aceitar entrar pelas portas que se abrem?
Usamos 2 janelas de demolição. Tijolos para uma parede a fazer, havia aqui. Azulejo para o pequeno quarto dos fundos, será um mosaico do que há aqui também.
Minha tarefa é restaurar porta, janelas e móveis, comprar madeiras como semalhas e batentes, talvez telhas a substituir quebradas, um fogão a lenha, pintar dentro e fora com caiação, por cortinas e móveis disponíveis. Refazer o barranco na parte que será feita a escada, retirar os entulhos de paredes retidas, para a estrada de acesso, a terra do rebaixamento do entorno e do barranco, para outras áreas e mesmo para a fundação debaixo da casa, nos fundos. As semalhas, batentes e porta interna ainda não foram orçadas.
Alguns registros do antes e de como estamos indo com apenas uma semana de trabalho:

 FOTOS ANTES DO INÍCIO DA REFORMA:



















 O pedreiro Cenir: 4a. feira 12.05.2015

 








“O Senhor é meu Pastor. Nada me faltará!”

Sinto-me imensamente rica, porque em toda minha existência sempre que precisei, os recursos se apresentaram.










Material elétrico comprado, vistas e semalhas colocadas, calçadas em L prontas, piso no quartinho dos fundos, aberturas trocada (1), parede de vidro substituída por tijolos com janela de demolição, meia parede interna entre cozinha e sala removida, casinha toda rebocada onde não era, interna e fundos fora.  dias 25 e 26 de maio são dias de fazer escada no barranco com  calçadas antigas ganhas de Guilherme Floriani e Aline, calafetar entrada dágua no telhado, trocar forrinho na parte apodrecida, e melhorar instalações elétricas.
Espero 3a. feira dar jeito num funileiro para chapéu e telhão para a lareira...

Era uma casa muito engraçada... hoje quase um lar!

E após provas e em meio ao plantio de árvores e cordões vegetais na lomba oeste, vou pintá-la com caiação e seguir com raspagens de ferrugem e  tintas velhas das aberturas, para enfim pintá-las nas férias de julho!

Quem quer ajudar-me? Olha a história da GALINHA RUIVA, hein?